382 BOLET?N DE LA REAL ACADEMIA GALLEGA
(Erguendose.)
Outras honras, ,senhora, te guardava;
. Outras se te deviam. ? tristeza!
Como poderei ver ,aqueles olhos
Cerrados para sempre? Como, aqueles
Cabelos j? n?o de oiro, mas de sangue?
Aquelas m"aos t"ao frias e t?o negras,
Que antes via t?o ialvas e formosas?
Aqueles brancos peitos traspassados
De golpes t?o crueis? Aquele corpo,
Oue tantas vezes tive nos meus bragas,
Vivo e formoso, como, morto agora,
E frio, o posso ver? ? meu amor! ?
Tu j? n?o Ine .ouves t N?o te vejo mais!
J? te n?o posso achar em toda a terra!
Chor?m comigo as pedra? duras; mudemse,
? En ,sangue vivo as ?guas do Mondego;
As ?rvores se sequem, e as flores!
?u te matei, senhora, ieu te matei!
Ah! Mas ser? terr?v?l a vingan?a!
Rei cruel, rei tres veze;s inimigo,
Eu te renego de meu pai! Matastea:
Vais pagarme ?o iseu isangue, gota a gota!
(Arrancando a espada.)
Oue o fogo lavre e arrase a tua terra;
Que o sangue corra; que a vingan?a ruja;
Que, por onde eu passar, rs? haja morte
E ruinas; que o proprio Deus se espante
De mim! Amigos, j? nao tenho pai! .'
(Sa?ndo com os homens de armas e monteiros, es
pa?da en punho.)
In?s! In?s! ? alma da niinha alma! ?
Vou fazerte ra?nha, finalmente.
Y con esto terminarnos estas breves notas referentes a
personajes gallegos en la corte de Portugal,, a trav?s de la
literatura lusitana.
LEANDRO CARR?.